Com certeza seu professor de inglês já deve ter avisado inúmeras vezes sobre o cuidado que precisamos ter em relação à tradução. Não só por nos induzir a possíveis erros, mas principalmente porque ela diminui a nossa velocidade de resposta. Por exemplo, imagine que você está em uma conversa telefônica em inglês. A cada frase escutada, você para, traduz para o português, pensa na resposta em português, traduz para o inglês na sua cabeça e aí responde em inglês. É simplesmente inviável. Isso pode até funcionar de certa forma para e-mails e mensagens de texto, entretanto, na comunicação falada não é possível. E mesmo em mensagens escritas, o tempo que se perde com tradução são minutos que você poderia estar fazendo outra tarefa.
E onde queremos chegar? Traduzir é muitas vezes visto como o mais “fácil”, porém, é também demorado e nada funcional. É como continuar comendo 1kg de chocolate por dia, estando de dieta. Não vai dar certo! Por isso que é tão importante que nos desvencilhemos do português. E sim, compreendemos os alunos que dizem: “se eu não traduzir, não entendo”. Mas será que não entende mesmo? Não estamos dizendo que isso irá acontecer de um dia para o outro. Infelizmente, ninguém vai acordar do nada pensando em inglês ou sonhando em inglês. É um processo. Nossa intenção aqui é darmos algumas dicas de como iniciar essa jornada de aprendizado in English!
Siga sua intuição
Digamos que nosso cérebro é um pouco preguiçoso, e geralmente vai buscar o caminho mais fácil. Se o português estiver disponível, por que ele vai se preocupar em tentar entender o inglês? Por isso, é preciso um pouco de esforço e usar a intuição para compreender o contexto. Não se apegue a cada palavra individualmente, busque entender a ideia geral. Se houver palavras que você não entendeu e que sejam muito importantes para a conversa, não há problema em pedir para a pessoa repetir ou explicar. Fazemos isso na nossa língua materna sem perceber. Nessa situação, algumas frases úteis são: “Can/Could you repeat what you said about _____?” ou “Can/Could you explain what you mean by _____?” Isso é muito diferente de não entender nada da conversa, e mostra que você está interessado.
Google imagens
Essa é uma ferramenta simples e maravilhosa que pode ser utilizada nos estudos e também no dia a dia. Com um smartphone em mãos, fica fácil pesquisar algo até mesmo durante uma conversa. E qual seria a diferença entre pesquisar a imagem e a tradução? Porque você irá associar diretamente a imagem à palavra nova. Por exemplo, você quer saber o que é “fridge”. Ao pesquisar no Google imagens, você vê a foto da geladeira e já pensa “hum... fridge”. E aí anota no seu caderno de vocabulário nas suas palavras, pode ser algo como “place to put food in”. Isso é diferente de “fridge é geladeira”, porque estará usando a muleta do português sem necessidade. É claro que o Google imagens não funciona para todas as palavras, mas ajuda em MUITOS casos.
Sinônimos
A maioria dos dicionários monolíngues (inglês-inglês) trazem algo muito interessante: os sinônimos. Por exemplo, você quer saber o que é “couch” e, ao procurar sinônimos, estão lá “sofa” e “divan”. Pode ser que você encontre palavras que sejam parecidas com o português ou que você já conheça, por isso essa técnica é tão útil também.
Dicionário inglês-inglês
Mesmo que não haja nenhum sinônimo que você conheça, como explicamos no parágrafo anterior, a explicação em inglês já pode te ajudar. Quer ver? O que é “currency”? A explicação do Cambridge Dictionary é: “the money that is used in a particular country at a particular time”. No Merriam Webster vemos: “paper money in circulation”. Pronto! É possível entender sem recorrer à tradução (moeda corrente). Uma dica é procurar em vários dicionários para ver onde a linguagem está mais fácil. Além dos citados, outros bons dicionários são o Macmillan Dictionary e o Dictionary.com.
Vale lembrar que essas são estratégias complementares. Algumas palavras são mais fáceis de compreender pelo Google imagens, outras pelos sinônimos e outras ainda pela explicação em inglês. Porém, não é proibido recorrer à tradução. Nossa recomendação é que isso seja o último recurso, e não o primeiro, pelos motivos já explicados anteriormente. Além disso, outra dica é traduzir aquela palavra específica e não a frase toda. Primeiro porque o Google tradutor pode nos induzir ao erro, por não saber o contexto em que tal palavra foi usada. E segundo porque é uma tentação, é mais “fácil”, mas novamente, se nossa meta é aprender e se comunicar em inglês, o Google tradutor não valerá a pena a longo prazo. Topa experimentar essas estratégias?
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